Bioética, Autonomia e Autodeterminação nos pacientes internados em um Hospital Universitário para tratamento de transtorno de uso de substância
Autores
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Lucas Franca-Garcia
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
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Fernanda da Rocha Trindade
Hospital de Clínicas de Porto Alegre
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Alessandra Mendes Calixto
Hospital de Clínicas de Porto Alegre
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José Roberto Goldim
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Resumo
O objetivo deste artigo é avaliar o desenvolvimento moral-psicológico, a autonomia e a autodeterminação em pacientes com transtorno por uso de substâncias. O desenvolvimento moral-psicologico foi avaliado utilizando uma ferramenta para determinar a capacidade de tomada de decisões dos indivíduos. Nossa abordagem qualitativa, baseou-se na pesquisa etnográfica e na observação participante. E foi encontrado que cinquenta por cento dos pacientes (n = 9) estavam na etapa conformista, 39% (n = 7) na etapa de consciência e 11% (n = 2) na autônoma, segundo as etapas de Loevinger de desenvolvimento do ego. Nossas observações de campo revelaram problemas de pertença social, aspectos simbólicos do tratamento, distinção entre autonomia e autodeterminação e ressignificação do significado da autonomia. Todos os pacientes foram considerados capazes de tomar decisões no seu melhor interesse, tendo em conta o seu estágio de desenvolvimento moral e psicológico. Eles também estavam equipados para produzir argumentos morais para legitimar as suas ações.
Palavras-chave:
bioética, transtorno por uso de substâncias, autonomia
Números especiais
Prestes a ser publicado
AB